Rituais das Kk’antu~tikas, a Flor que se Abre, de Iniciação Pessoal e Social
Energia, espiritualidade, educação, cultura,
virtudes e hábitos femininos
Um Py’a, coração, com sentimento de
auto-responsabilidade para dizer: estou agradecida, pelo grande poder de minha intuição;
Um Py’a, coração, alegre para dizer: sim, à Abstinência feminina.
Prevenir-nos antes de Lamentar-nos;
Quando aparecem as vibrações energéticas, as emanações espirituais, os fluidos e os sons, se aproximam a primeira ovulação e a menarca, da menina-mulher, a kuñateĩ. Assim, se faz importante o ensinamento da cultura, da língua, e da cultura eletromagnética do ventre feminino, a Pacas Mili e o Kheno da Pacas MIli.
Seu conhecimento é um dos fundamentos obrigatórios nos estudos de autoconhecimento e de autodomínio para que a kuñateĩ, possa se intuir e se expressar através do seu organismo sensorial.
A influência que o campo magnético dá Pacas Mili e o Kheno da Pacas Mili exercem na adolescente, na jovem-mulher, na Mãe d’Água e na Mãe, são atitudes e valores adquiridos em graus suficientemente compreensíveis a respeito dela mesma e serão indispensáveis nas suas futuras relações com ela mesma e com a sociedade.
Ao invés de limitar estes ensinamentos a um estudo intelectual transmitido através de meras palavras, procuramos mostrar, demonstrar e estimular as meninas-mulheres, kuñateĩ, as adolescentes, kunã, as jovens-mulheres, Kaia’y, e as Mães d’Água, Y’Sy, a emergir, a sentir, a intuir, a perceber e a discernir através de suas próprias sensações.
Nosso propósito é despertar nelas um máximo de empenho em expressar suas sensações energéticas e espirituais profundamente associadas ao coração, aos pensamentos e a seus sentimentos com suas abrangências físicas.
Temos como intuito resgatar a formação e o desenvolvimento dos sentidos e dos fluidos energéticos e emanações espirituais da menina-mulher e da jovem-mulher na busca de objetivos próprios para a inclusão feminina na arte de se aceitar e de expressar a energia da Pacas Mili e o Kheno da Pacas MIli para que reaprendam a se resguardar no ciclo de sua Lua de Ovulação (lua de nascimento), no ciclo de sua menarca e posteriormente na sua menstruação. Que o sentimento de sua auto-responsabilidade assimile o grande poder de sua intuição.
Tudo isso ajudará a menina-mulher e a jovem-mulher a não lhes dar tempo e nem espaço às insatisfações de sua consciência atribulada, com suas abrangências físicas que promovem os sentimentos de culpabilidade e de irresponsabilidade perante si mesma.
Por que a procura da satisfação e o PRAZER do organismo sensorial feminino são sempre encobertos pela repressão, por uma figura masculina ou por sapos encantados e pelos retalhos herdados da culpabilidade e o masoquismo patriarcal religioso?
Devemos advertir que as regras ortodoxas patriarcais redimem e impõem o sentimento de culpabilidade; a moral patriarcal é imposta à menina-mulher e à jovem-mulher desde sua mais terna infância através de livros pedagógicos, das catequeses, dos contos de fadas europeus tornando-as órfãs de sua identidade, de sua cultura original, de sua força energética, de suas emanações espirituais e de princípios flexíveis.
As meninas e as adolescentes reprimem o que não podem alcançar. Por que elas devem ser sempre “salvas” por um ‘príncipe sapo’ e não por suas atitudes, seus hábitos, seus valores e por suas próprias responsabilidades? Nas culturas ocidental e oriental, elas forçam unilateralmente uma inspiração ‘natural’ de rebeldia, medo, autoritarismo, depressão, ansiedade, surtos, esquizofrenia e até de suicídios, quando se sentem impotentes em desenvolver seus próprios poderes energéticos, a causa do declínio social e cultural.
Os desejos e as ideias contemporâneas penosamente e artificialmente reprimidas podem encontrar uma nova aurora nas práticas constantes dos rituais de Iniciação Social Feminina e das Kk’antu-tikas, a Flor que se Abre, rituais de Passagem Pessoal que constituem no ensinamento e na educação dos fluxos energéticos da Pacas Mili, da cultura do ventre feminino e do Kheno da Pacas Mili, eletromagnetismo do ventre feminino.
A Medicina Itinerante Kallawaya andina tem como foco central, nesta obra, as questões da Medicina Preventiva Infanto-Juvenil e das assistências sociais e educacionais.
Pacas Mili e o Kheno da Pacas Mili, a medicina do campo magnético feminino, é um conhecimento acerca da Força d’Alento Universal e da vida preventiva das crianças, das adolescentes e da jovem-mulher, que podem mediar e orientar as várias indagações desafiadoras para a sua juventude em desenvolvimento energético e espiritual.
Atualmente, muito se ouve falar a respeito dos seguintes conceitos:
a) Diálogos suprimidos na família
b) Abuso de substâncias químicas
c) Abortos domésticos e clandestinos
d) Crianças e adolescentes abandonadas (os)
e) Doenças transmitidas sexualmente
f) Prevenção da AIDS (SIDA)
g) Recesso acadêmico (analfabetismo funcional estimulado pelas escolas do Estado)
h) Suicídios de jovens cidadãs e nativos
i) Gestações precoces de crianças e de adolescentes
j) Álcool e cigarros em crianças e adolescentes
k) Drogas sintéticas e outras
l) Estupros e pedofilia
Pacas Mili e o Kheno da Pacas Mili, a cultura do eletromagnetismo do ventre feminino, nos oferece a renovação e uma reflexão prática e necessária de todas estas questões ou conceitos citados ou não citados, que se fazem importantes na prevenções, nas assistências e nas orientações da vida em sua integridade.
Um Py’a, coração, alegre para dizer: sim, à
Abstinência feminina.
Prevenir-nos antes de lamentar-nos;
Primeiro, partimos do pressuposto de que se deve ensinar a valorizar a Natureza da energia vegetal e em segundo momento, a Natureza da energia e espiritualidade humana, em terceiro momento, cultuar a abstinência feminina até o amadurecimento dos tecidos dos respectivos órgãos, e das vísceras do organismo sensorial, e a percepção das sensações energéticas e o pressentimento das emanações espirituais.
Os Rituais das Kk’antu~tikas, a Flor que se Abre, de Iniciação Pessoal e Social, exercem um papel fundamental na promoção das atitudes e na valorização do Nuk’e Atipay, energia e espiritualidade feminina.
As questões preventivas fundamentais para as(os) adolescentes devem ser seriamente e eficientemente abordadas através de uma orientação educativa e preventiva em sua totalidade e não somente através de estímulos eróticos comerciais e sexuais. A racionalidade patriarcal religiosa apela para uma moral duvidosa, a má consciência associada ao pecado original, cujo castigo espartano originou o corpo do pecado, o corpo indecente.
Experiências e relatos indicam a inexistência de pesquisas pontuais sobre o tema da “prevenção-infanto-juvenil” no Brasil. No entanto, percebe-se claramente que muitas das adolescentes são sexualmente ativas, estimuladas a não valorizar a energia e a espiritualidade, a abstinência física pelos governos, secretarias de educação, escolas, indústrias, etc. Além disso, a distribuição de anticoncepcionais aparentemente “seguros”, eficazes e irreversíveis às(aos) ativas(os) e às(aos) não ativas(os) deixam sequelas emocionais, destroem o organismo, e bloqueiam a energia e baixam a espiritualidade do coração e dos órgãos internos e logo o organismo sensorial em sua totalidade.
Essa indiferença lacônica origina a iatrogênica cultural, causa sequelas biopsicossociais irreversíveis, provoca uma contradição absurda nos juízos de valores numa sociedade hipócrita, insensata, intervencionista e totalmente manipuladora.
Lamentavelmente, os ‘corpos do pecado’ acabam se tornando síndromes irreversíveis para a sociedade e para a cultura feminina. Essa não é a mensagem apropriada que a criança e a juventude feminina imobilizada, abandonada, adormecida e desorientada deveriam herdar.
Quando perdem os escassos valores, as atitudes e seus hábitos que lhes restam, como respeito a si mesmas, as meninas e jovens ficam aflitas, sem nenhuma noção da realidade que as rodeia, aprendendo somente a repetir monólogos, dizer: sim ou não. Mencionar simplesmente estes monossílabos não basta quando lhes é perguntado, por exemplo, se são a favor ou contra o aborto.
As jovens são carentes e órfãos dos princípios de autorreflexão, de auto-respeito, de auto-análises textuais e dos princípios da crítica. Isto é uma injustificável agressão aos valores humanos.
Dão às pessoas o direito da escolha na Constituição, o direito ao voto e por outro lado ameaçam intimá-las e castigá-las se não votarem, se faz ilusão à ‘liberdade’, mas se faz juízo à emancipação, à escravidão política cultural, do politicamente correto, submetendo-as mentalmente e fisiologicamente.
O massacre monossilábico coletivo se concretiza, amordaçando a uns e colocando vinagre na boca dos outros para não falarem e menos ainda expressarem seus sentimentos, estimulado pelo Estado de Sítio do “analfabetismo funcional das escolas”, das coutas e outros. O Estado de Sítio Civil só favorece aos politicamente corretos, à corrupção e ao cooperativismo político.